0

Quem visitou a flor? Trabalho prático sobre polinização na disciplina de ciências

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

No post de hoje minha dica é um trabalho prático sobre polinização que os alunos poderão fazer na própria casa. Na tarefa, eles irão observar quais são os visitantes florais de algumas plantas. Esse é um trabalho adaptado de um seminário que apresentei na gradução, para a disciplina de ecologia, na qual eu e meu grupo monitoramos os animais que visitavam uma espécie de arbusto, para saber qual seria seu polinizador (ou polinizadores).

Para o trabalho em questão, que se encaixa nos conteúdos de angiospermas, de relações ecológicas e de método científico, os alunos irão exercer o hábito de observar e tirar conclusões do que viram. Nesse post vocês irão encontrar o roteiro completo para a tarefa.

Materiais

  • 1 vaso de planta com flor aberta. Exemplo: manjericão, coentro, tomilho. Dê preferência para flores que sejam bem coloridas e perfumadas e que possam ficar em um vaso não muito grande.
  • caderno/folhas para que os alunos façam as anotações.
  • celular ou câmera para registrar em fotos alguns dos visitantes florais.

Métodos

  • Os alunos deverão observar as flores no vaso por cerca de 15 minutos por período. O ideal é que os alunos observem um período de manhã, um durante a tarde e um à noite. Devemos alternar a observação, pois alguns polinizadores visitam a flor em apenas um dos períodos do dia. Recomendo a observação por três dias, pois a temperatura do dia pode fazer com que diferentes polinizadores cheguem às plantas.
  • Oriente os alunos para que façam um diário de observação, com o roteiro pronto (pdf) que eu disponibilizo abaixo:
  • Peça um relatório para os alunos contendo: o que observaram e quais as conclusões, ou seja, quais polinizadores visitaram as flores. Se for interessante, também peça para que compartilhem com a turma algumas das fotos que fizeram durante a observação.

Resultados esperados

  • É esperado que o aluno observe e identifique quais animais visitaram a flor e qual foi seu comportamento. Depois das observações, é esperado que o aluno tire suas conclusões acerca do que foi observado.

Ao final do experimento reforce aos alunos que as angiospermas possuem flores perfumadas e coloridas (na maioria dos casos) para atrair os polinizadores. As gimnospermas, por exemplo, têm como polinizador o vento, já que elas não possuem flores verdadeiras.

Converse com os alunos que nem todo visitante floral é um polinizador. Muitos animais, como formigas e besouros, não polinizam a flor (ou seja, não coletam pólen de uma flor e levam para a outra), mas apenas vão até as flores para se alimentar do néctar, que é um líquido adocicado, sem levar o pólen. Algumas vezes, esses animais até comem as pétalas e sépalas, destruindo as flores.

A polinização das flores ocorre justamente quando as abelhas e borboletas, por exemplo, ao coletarem o néctar, acabam tendo contato com o pólen e o levando para outras flores.

Por fim, comente com os alunos que cada flor atrai um polinizador. Por exemplo, flores que abrem durante o dia e têm cheiro bem adocicado, são geralmente polinizadas por abelhas. Flores que tem formato alongado (como um tubinho) são geralmente polinizadas por borboletas, que possuem uma estrutura bucal que parece uma “língua” para coletar o néctar.

Ahh, algumas dicas e cuidados para esse trabalho. Se for possível, converse com a coordenação da escola para comprar os vasinhos de plantas todos de um apenas local, assim fica mais barato e todos os alunos recebem o mesmo material. Outra questão é o cuidado com os alunos que possam ter alergias a abelhas, borboletas e até ao próprio pólen. Converse previamente com a coordenação e oriente os pais nesses sentido.

Essa tarefa é fácil de ser feita e permite que os alunos vivenciem um pouco do método científico, que se baseia na observação de acontecimentos para se tirar conclusões.

Espero que gostem da dica de hoje!

Até a próxima,

Professora Nathália

***

0

Carnaval: textos em português para trabalhar a “folia biológica” nas aulas de ciências

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

O carnaval está chegando e muitas escolas fazem uma programação especial nesta data para que os alunos e professores entrem no ritmo da folia. Por causa da pandemia, muitos dos bailes e festinhas mais típicos, com danças, brincadeiras, confete e serpentina, provavelmente não serão permitidos, então a minha sugestão para você professor é trabalhar com textos que envolvem ciências e “carnaval”.

Mas como assim? Bom, no carnaval muitas pessoas – até as mais tímidas – se vestem com roupas e adereços curiosos para chamar a atenção. Mas esta não é uma característica exclusiva do ser humano. Isso também é visto em outros exemplos na ciência, como você pode conferir nos dois textos acima. Um deles é sobre as aves do paraíso, que usam suas penas e danças rítmicas, e o outro é sobre os vagalumes, que usam bioluminescência. Ambas as espécies usam essas “fantasias”, “danças” e adereços para chamar a atenção de possíveis parceiros reprodutivos (em biologia, chamamos isso de seleção sexual).

Nos textos você encontra toda a explicação biológica para essas estratégias reprodutivas e links para vídeos muito legais mostrando as aves do paraíso. Tanto o professor de ciências, quanto o de biologia e até mesmo de física, química e português podem trabalhar os textos, abordando o que acharem mais pertinente a seus alunos e disciplina.

Link do texto “Carnaval das aves do paraíso”: https://cienciainformativa.com.br/carnaval-das-aves-do-paraiso/

Link do texto “Amor à primeira piscada”: https://cienciainformativa.com.br/amor-a-primeira-piscada/

Espero que vocês gostem da dica e aproveitem em suas aulas.

Até a próxima,

Professora Nathália

***

2

Zoológico online: atividade interdisciplinar envolvendo ciências e inglês

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje trago uma ideia de aula interdisciplinar com as disciplinas de inglês e ciências. Sabemos o quanto a interdisciplinaridade é importante, já que – de forma bem resumida – permite que um assunto ou conteúdo seja abordado por diferentes disciplinas sob a ótica pela qual cada uma dessas áreas de conhecimento se alicerça. Um mesmo assunto, um mesmo tópico de aula, pode e deve ser abordado por diferentes formas, já que não existe isoladamente. Por exemplo, a pandemia causada pelo coronavírus: posso abordá-la pelo ponto de vista biológico, mas também pelo ponto de vista da história, da geografia, da matemática, etc.

Agora que já relembramos o que é interdisciplinaridade, vamos ao post. Minha dica de hoje é explorar o site do Zoológico de San Diego. Nele existem inúmeros recursos que sevem tanto para as aulas de inglês quanto para as aulas de ciências.

O Zoológico de San Diego conta com esse projeto online e gratuito com informações sobre os animais, como habitat, alimentação, tamanho, som, câmeras ao vivo, atividades e jogos para imprimir ou fazer online, vídeos e curiosidades diversas. Além de ser um site muito bonito visualmente, ele tem uma infinidade de materiais para nós professores. Apesar de ser em inglês, o site é fácil de entender e de buscar as informações.

Veja abaixo algumas das ferramentas que você, professor de inglês e de ciências, pode explorar. ** Vale ressaltar que eu não sou professora de inglês, mas vejo que o site e as ferramentas que vou apresentar abaixo são importantes para que o aluno enriqueça seu vocabulário, trabalhe interpretação de texto, gramática, etc.

  • ANIMALS: Saber mais sobre o nicho ecológico (habitat, hábitos, alimentação, reprodução, comportamento) de vários animais. Ao abrir o link você poderá filtrar por grupos, área onde ocorrem e risco de extinção.
Ao clicar em um animal em específico, uma nova página irá abrir com uma ficha técnica sobre a espécie em questão: tamanho, alimentação, habitat. O professor de ciências e de inglês pode, inclusive, trabalhar as diferentes unidades de medida (no caso, o exemplo do leão, o tamanho está em inches (polegadas) e não em metros).
Em algumas espécies, como o leão, há um botão para se clicar e ouvir seu som.

ACTIVITIES: você poderá escolher entre inúmeras atividades de colorir, recortar, colar, jogos, etc. No exemplo abaixo eu coloco o exemplo de colorir (coloring). Apesar de ser uma atividade simples, ela pode ser usada para se trabalhar o vocabulário de cores em inglês/português. O site disponibiliza um link para você fazer o download da imagem pronta para ser usada.

Ao clicar em Download coloring page here, uma nova aba irá se abrir com a ilustração pronta para ser salva e/ou impressa.
  • VIDEOS: em vídeos você poderá explorar as câmeras que transmitem ao vivo alguns dos animais do zoológico. Nesse caso, é bem interessante trabalhar com os alunos a questão do comportamento dos animais. Pode-se pedir que eles observem os animais por alguns minutos e anotem os comportamentos (exemplo: andou, nadou, se alimentou, interagiu com outro animal). Depois o professor de ciências poderá explicar a razão biológica por trás desses comportamentos e pedir que os alunos compartilhem seus relatórios com a turma.
Em live cams você tem acesso às imagens ao vivo de alguns dos animais.
  • BÔNUS: para saber mais sobre as plantas que habitam o Zoológico de San Diego, clique nesse link e acesse as páginas que explicam curiosidades sobre diferentes espécies vegetais.
Grupos de plantas que podem ser acessados na página do Zoológico.

Como eu mencionei esse site tem inúmeras atividades, curiosidades, imagens para explorar. Ao meu ver, ele permite tratar de assuntos biológicos relacionados aos animais e também trabalhar a língua inglesa, já que o site é em inglês mas é voltado para crianças/adolescentes.

Espero que vocês tenham gostado da dica do post de hoje e naveguem pelo site do Zoológico de San Diego.

Até a próxima!

Professora Nathália

***

Referências/para saber mais:

[1] https://www.pucsp.br/prosaude/downloads/territorio/o-que-e-interdisciplinaridade.pdf

0

Comunicação além do espaço escolar: como interagir com seus alunos?

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Comunicação é parte fundamental da relação professor-aluno. Antigamente, a comunicação entre essas duas partes ficava restrita ao ambiente escolar. Atualmente, com o advento da tecnologia, das redes sociais e principalmente com o ensino híbrido que estamos vivenciando (parte presencial, parte online), a interação entre alunos e professor fica além dos muros escolares. A geração atual de alunos é dinâmica, gosta de redes sociais, gosta de espontaneidade e de conteúdos mais leves, mais divertidos. Pensando nisso, uma das formas de melhorar nossa comunicação com os alunos é a criação de um perfil/conta de professor em uma rede social.

Nessa conta, o professor pode dar dicas de aulas, postar resumos e esquemas, fazer enquetes, ou seja, interagir com os alunos da maneira a qual eles estão acostumados. É claro que essa comunicação deve ser feita em períodos em que o professor esteja disponível para isso e não durante o dia todo. É importante separar trabalho de descanso.

No esquema abaixo eu coloco mais algumas dicas para vocês, professores:

Lembrando que geralmente alunos mais velhos, ou seja, de ensino médio e dos ciclos finais do ensino fundamental II, são os que têm mais acesso a esses conteúdos das redes sociais.

Espero que gostem das dicas!

Até a próxima,

Professora Nathália

***

6

Um conteúdo e várias formas de aulas: os 5 reinos dos seres vivos.

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje trago para vocês uma dica bem interessante de aula: trabalhar o mesmo assunto de maneiras diferentes. Durante minha experiência como professora, eu percebi que precisamos nos atentar às necessidades, ou melhor, às peculiaridades de cada turma. Em algumas turmas você, professor, pode perceber que uma aula prática seria muito melhor que uma aula teórica; em outra turma você sabe que uma aula teórica seguida de uma prática traria melhores resultados; em outra um estudo dirigido como lição de casa e depois um discussão/tira-dúvidas durante as aulas. Isso acontece porque cada turma é diferente e uma estratégia de ensino que deu certo em uma turma não necessariamente dará certo em outra turma. Turmas diferentes = aulas diferentes.

Para ficar mais claro, trago um exemplo de um conteúdo que foi abordado de diferentes formas em aulas que eu ministrei: os 5 reinos de seres vivos.

  1. aula teórica: é o método mais comum, porém importante para fixar alguns conceitos que precisam ser memorizados pelos alunos, como célula eucariótica X célula procariótica, autótrofo X heterótrofo, uni ou pluricelular. Nessa abordagem, gosto de usar a lousa para definir esses conceitos e ir dando nome aos reinos, bem como os exemplos de representantes.
  2. aula prática: bancada dos 5 reinos. Nessa abordagem eu levo para a aula representantes de cada um dos 5 reinos para que os alunos possam ver como o que eles aprendem em sala de aula, é presente em seus cotidianos. Podemos levar:
  • reino monera: yakult (lactobacilos)
  • reino protista: alga usada na culinária japonesa (nori)
  • reino fungi: champignon, leveduras (fermento de pão), shitake, shimeji, pão embolorado.
  • reino plantae: um vasinho de planta (e você pode levar espécimes pertencentes aos diferentes grupos de plantas: musgo, samambaias, pinhão (araucária), hibisco.
  • reino animalia: um inseto na resina, por exemplo.

3. Mapa mental/esquema: utilize a lousa ou imprima e entregue aos alunos um esquema que resuma os 5 Reinos e, aos poucos, vá explicando os conceitos e os exemplos. Veja o exemplo abaixo:

4. Exercício de classificação dos seres vivos: coloque na lousa ou monte pequenos cartões com nomes e figuras de seres vivos diversos. Peça aos alunos que classifiquem os seres vivos de acordo com critérios por eles estabelecidos. Depois, peça que eles apresentem seus sistemas de classificação para a turma. Por fim, explique quais são os 5 Reinos e passe aos alunos à qual reino pertence cada organismo que eles classificaram.

Como vocês podem ver existem várias formas de passarmos um mesmo conteúdo. Esses foram apenas alguns exemplos de recursos e métodos que já usei em minhas aulas, mas o objetivo é sempre o mesmo: ensinar o conteúdo da melhor forma possível e atingindo todos os alunos.

Você pode, inclusive, usar duas ou mais abordagens com uma mesma turma, assim vai atingir mais alunos ainda.

Espero que tenham gostado da dica.

Até a próxima.

Professora Nathália

* * *

0

Teste de sabor: explorando os sentidos humanos

*** IMPORTANTE: essa é uma aula prática recomendada para ser feita no período pós-pandemia***

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje trago uma dica de aula diferenciada sobre os sentidos humanos, mais especificadamente o paladar e o olfato: um teste de sabor.

Antes do roteiro da aula, vamos relembrar alguns conteúdos importantes:

  • os sentidos do corpo humano (visão, audição, paladar, olfato, tato) são importantes para que nosso corpo perceba e responda ao ambiente externo.
  • os órgãos do sentido, como orelha, olhos, língua, nariz e pele são como “antenas” que captam os sinais do ambiente externo e os direcionam para nervos que transmitem a informação para o sistema nervoso central. No sistema nervoso central essas informações são processadas, ou seja, interpretadas.

A integração entre todos os sentidos é muito importante e uma forma de entender como esses se relacionam é fazendo o teste de sabor. Vamos saber como preparar e realizar essa aula?

Buds, tounge, anatomy, taste icon

Materiais:

  • alimentos com diferentes sabores, como balas doces, gominhas azedas, chocolates, salgadinho, tempero do tipo Ajinomoto, etc. Procure alimentos que possam ser facilmente encontrados. Importante: certifique-se que os alunos não têm nenhum tipo de intolerância/alergia alimentar (principalmente a corantes e lactose). Se for necessário, consulte os pais antes de realizar a aula prática. Mesmo no período pós-pandemia, siga todas as orientações dos órgãos de saúde para não ocorrer contaminação pelo coronavírus.
  • Vendas ou algum material para tapar o olho.

Procedimentos

Inicie a aula perguntando aos alunos se eles conseguiriam diferenciar todos os tipos de sabores, mesmo estando de olhos vendados. Depois, convide alguns dos alunos (que queiram) para participar da aula. Vende os olhos dos alunos (use uma venda por aluno) e peça para que eles provem os diferentes alimentos, mas tampando o nariz, ou seja, sem utilizar o olfato, usando apenas o paladar.

Pergunte se os alunos sabem qual é o sabor/alimento. Depois, repita o procedimento, mas agora permitindo que os alunos sintam o cheiro do alimento, ou seja, com o nariz destampado.

Com o nariz tampado, os alunos provavelmente vão saber poucas informações do alimento, talvez que seja doce ou azedo, mas dificilmente conseguirão adivinhar qual é a comida exata. Depois, quando os alunos sentirem o cheiro do alimento, eles provavelmente irão acertar qual é a comida. Mas por qual razão isso ocorre?

Bom, explique aos alunos que – apesar do paladar estar associado à língua – boa parte vem, na verdade, do nariz. Quando mastigamos, as moléculas liberadas pelo alimento são percebidas também pelo nariz, então o sabor da comida é uma “construção” de informações vindas da língua e da cavidade nasal.

É por esse mesmo motivo que quando estamos gripados não conseguimos sentir o gosto da comida.

Ao final da aula é importante que você, professor, peça ou faça com os alunos um pequeno parágrafo de conclusão sobre a experiência feita em aula.

Essa é uma prática muito fácil e divertida de ser feita, tanto nas salas do ensino fundamental quanto nas salas de ensino médio.

Espero que tenham gostado da dica de hoje!

Até a próxima!

Professora Nathália

* * *

Observação: essa aula pode ser adaptada para ser feita em casa pelos alunos. Peça que eles escolham alguns alimentos e provem estando com o nariz tampado e depois com o nariz destampado. Depois, oriente os alunos para que escrevam um pequeno texto com as conclusões que eles tiraram a respeito da experiência: o sabor do alimento mudou? com o nariz tampado quais informações do alimento pude perceber? por que o sabor muda quando tampo o nariz?

Fonte da imagem: iconfinder.com/icons/5851284/buds_tounge_anatomy_taste_icon

0

Earth: um mapa global e interativo das condições da atmosfera

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje a dica que eu trago é do site Earth. Ele mostra as correntes de ar, as correntes marítimas, as ondas e muitas outras características da atmosfera do nosso planeta de maneira muita interativa, dinâmica e visualmente fascinante. Vem conferir!

O Earth é um site (você pode acessar por esse link) que mostra várias das condições meteorológicas do nosso planeta. Ele foi escrito por Cameron Beccario e todo seu código está disponível para consulta no GitHub (acesse aqui).

Esse site coleta informações de mapas e condições meteorológicas (atualizadas a cada 3 horas) de outros serviços, como do US National Weather Service. Depois, coloca essas informações em um site, muito bonito visualmente e que permite aos alunos e professores observar várias camadas de informações, como ventos e correntes dos oceanos.

Imagem que mostra o site Earth.

Ao dar zoom (com o mouse) na imagem no site você consegue aproximar e ver as setas/linhas de maneira mais próxima (veja na imagem abaixo).

Nessa imagem você consegue ver as setas que representam as correntes de ar que chegam ao litoral do Brasil.

E como fazer para observar os outros dados meteorológicos? Para isso, clique na palavra earth, no canto inferior esquerdo da página. Assim você terá acesso a um quadro no qual poderá modificar o que é mostrado pelo site: ar, correntes marítimas, gases (gás carbônico, monóxido de carbono, dióxido de enxofre), material particulado (poeira, por exemplo – separado por tamanho) e até a projeção/probabilidade de observar o fenômeno da aurora boreal. Nesse mesmo quadro você consegue mudar o idioma mostrado pelo site.

Nessa imagem você observa o quadro no qual seleciona quais modos (mode) você quer mostrar, como as correntes de ar e do mar.
Nessa imagem você vê uma projeção de onde poderá ser observada a aurora boreal.

Nesse mesmo painel você também pode alterar as projeções/tipos de mapas. Veja abaixo um exemplo de planisfério mostrando as correntes marítimas. Repare que as cores das setas/linhas indicam uma escala de temperatura.

Ao clicar sobre uma das setas/linhas algumas informações, como coordenadas e velocidade da corrente, serão mostradas no canto da tela (veja na figura abaixo).

Observe que no canto inferior esquerdo são mostradas informações da corrente selecionada pelo mouse (que aparece com um círculo verde no mapa).

Nesse site você obtém informações mais detalhadas sobre o projeto Earth: https://earth.nullschool.net/pt/about.html

Esse é um recurso que você pode mostrar aos alunos e explorar com eles em aula e/ou como base para tarefas e avaliações. É visualmente muito bonito, interativo e foi selecionado como um recurso didático pelo CLEAN, um conjunto de recomendações educacionais associado ao NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA).

Espero que gostem da dica do post de hoje!

Até a próxima,

Professora Nathália

* * *

0

Curta essa: série de documentários sobre o meio ambiente e alimentação

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Não é segredo que a Netflix tem inúmeras opções de filmes, séries e documentários para todos os gostos. O difícil, inclusive, é escolher em meio a tantas opções.

Como professora, eu também sempre que posso seleciono documentários e filmes interessantes e com conteúdos que podem ser aproveitados em aula.

A série Curta essa (em inglês: Down to Earth) é uma dessas minhas escolhas. Lançada em julho de 2020, a série é estrelada por Zac Efron e por Darin Olien, que se auto intitula um “guru dos super alimentos”. Veja abaixo o trailer:

Eu comecei a assistir a série por indicação de uma aluna e me surpreendi com o enredo. Em cada episódio Zac e Darin tratam de um tema pertinente à discussão no contexto atual do nosso planeta. Energia limpa, poluição da água, biopirataria, alimentação saudável, banco de genes, mudanças climáticas globais, conhecimento popular, longevidade…Tudo é tratado de maneira leve e descontraída em uma jornada por vários países, como EUA, Peru, França, Inglaterra.

Eu não sou conhecedora de cinema/TV, mas do ponto de vista científico a série apresenta e explica vários conceitos importantes e que, por muitas vezes, são pouco conhecidos pela população em geral. Além disso, na série temos a participação de vários cientistas e pesquisadores que mostram com seus trabalhos o quanto a ciência é importante para o desenvolvimento de uma sociedade. Nenhum conceito é apresentado de forma aprofundada ou técnica e creio que essa nem seja a intenção da série.

Zac e Darin também dividem com o público momentos engraçados, como quando Zac ordenha uma cabra e toma o seu leite, já que Darin é vegano. Em todo episódio eles também provam pratos e iguarias típicas dos lugares os quais visitam, valorizando produtores e restaurantes locais.

São 8 episódios que variam de 35 a 40 minutos. Eu gostei bastante dos episódios 02 – França, no qual eles visitam uma estação de tratamento de água em Paris, e 04 – Sardenha, no qual Zac e Darin conhecem pessoas quase centenárias na ilha de Sardenha e buscam entender como elas conseguiram tal feito pela alimentação.

Durante os episódios eu pude fazer várias anotações com informações e pequenos trechos que pretendo indicar para meus alunos.

É claro que ao longo da série encontramos algumas informações que podem ser um tanto quanto super estimadas, como super alimentos e águas ditas terapêuticas. No entanto, devemos nos atentar a esse tipo de informação em todo tipo de conteúdo, seja da Netflix, da TV aberta, de algum artigo de jornal, etc.

De maneira geral, a série tem bons episódios para você professor se informar, se atualizar em alguns aspectos e indicar para seus alunos.

Espero que gostem da dica!

Professora Nathália

* * *

0

Folhetos educativos em português: DNA e doenças genéticas

Olá, professores, alunos e leitores!

Poucos sabem ou se atentam ao fato de que muito do trabalho de um professor é, na verdade, preparando suas aulas, materiais didáticos, corrigindo exercícios, lançando notas e presenças. Pois é, a aula é só a “pontinha” do iceberg de tudo que um professor faz. E minerar bons recursos e conteúdos no mundo dos livros e internet não é fácil, pelo contrário, é muito trabalhoso. Por isso, quando eu encontro algum material, site, jogo que seja interessante e bem feito, eu logo venho compartilhar com vocês!

O que vou mostrar no post de hoje é um site do Instituto de Biociências (USP) em parceria com a FAPESP e o Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-tronco. Você pode acessar o site aqui (figura 1): https://genoma.ib.usp.br/educacao-e-difusao/materiais-didaticos/folhetos

Nesse site temos folhetos sobre os seguintes temas relacionados à genética (DNA, material genético) e doenças genéticas:

  • Aconselhamento genético
  • O nosso material genético
  • Como funciona o material genético
  • Como as doenças genéticas são transmitidas
  • Perda auditiva
  • Autismo
  • Distrofias musculares
  • Doenças genéticas esqueléticas
  • Síndrome do X frágil
  • Síndrome de Prade-Willi
  • Síndrome de Algelman

Para acessar os folhetos basta clicar sobre o ícone (imagem do folheto) e uma nova janela irá abrir. Você poderá salvar no seu computador o folheto para usar em aula ou passar a versão digital aos seus alunos (figura 2).

Figura 1: site com os folhetos digitais separados por assuntos.
Figura 2: folheto sobre material genético.

Os folhetos são recursos muito interessantes: coloridos, informativos e, visto que são resumidos, podem ser trabalhados no tempo de uma aula. Além disso, são em português e, por incrível que possa parecer, é difícil encontrar bons materiais como esse que não estejam em inglês.

Eu já usei vários desses folhetos em aula e os alunos gostaram bastante. Conduzo a aula sempre no sentido de fazer a leitura do material e anotar/grifar as partes mais importantes.

Espero que vocês gostem da dica de hoje.

Até a próxima!

Professora Nathália

* * *

Fonte da imagem em destaque: https://pngtree.com/freepng/dna-icon-design_4767629.html

0

INPE: cartilhas didáticas e em português

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje trago mais uma dica de material didático disponibilizado no site do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Para quem não conhece o INPE é um órgão brasileiro, reconhecido internacionalmente por sua excelência em realizar pesquisas espaciais, com destaque àquelas voltadas ao meio ambiente.

No site do INPE existem muitos recursos didáticos que nós, professores, podemos usar em sala de aula, principalmente nas aulas de ciências, quando abordamos o conteúdo de astronomia, partes e estrutura da Terra e de outros planetas.

Destaco no post de hoje as cartilhas didáticas que estão no site do INPE, que você pode acessar nesse link:

  • Um passeio no INPE – Descreve o que é o INPE e quais são as atividades desenvolvidas por esse órgão, como construção de satélites, monitoramento de queimadas, deflorestamento, previsão do tempo.
  • Mudanças Climáticas – Explica as mudanças climáticas globais, como o aquecimento global, o papel do ser humano nesses acontecimentos e o que está acontecendo e poderá acontecer no Brasil e em outras regiões por causa dessas mudanças.

  • Pesquisar o Universo para Entender a Terra – Explica por que a astronomia é importante para a sociedade, quais as principais descobertas deste campo do conhecimento e como temos contato com a astronomia no nosso cotidiano.

Todas as cartilhas são muito didáticas, escritas em uma linguagem fácil e com ilustrações bem coloridas. As cartilhas podem ser acessadas online (figura acima), como num livro, no qual você muda as páginas. Infelizmente não há opção de download, mas você pode dar zoom na página (com o mouse) e conseguir copiar e recortar as partes que desejar com a opção print screen. Não se esqueça de colocar a fonte do material, ou seja, o site do INPE.

Além dessas três cartilhas, existem outras disponíveis no site, por isso, vai lá conferir! Além de ser um material diferente, que chama a atenção dos alunos, é um recurso feito por pesquisadores renomados, de muita confiabilidade.

Espero que vocês acessem as cartilhas e as utilizem em sala de aula!

Até a próxima!

Professora Nathália

* * *