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O que você quer na sua escola?

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje trago no post uma dica para você que quer fazer algo diferente na sua aula. Você já pensou em dar uma aula especial para os alunos sobre a importância da dança, por exemplo, mas não sente que tem tanto domínio do assunto? Ou que seria muito interessante se um cientista viesse dar uma palestra para seus alunos sobre transgenia? Pois essa é a proposta do Projeto Quero na Escola.

O projeto é uma iniciativa que incentiva alunos e professores a pedirem aulas de temas diferentes para que voluntários possam ministrar tais aulas nas suas escolas. Como professores sabemos que nossa grade curricular é bem “engessada” e também apertada, ficando difícil colocar temas diferentes, extra-curriculares. E são esse temas fora da grade que muitos alunos tem interesse em saber: informática, dança, grafite, educação sexual, política, etc. Além disso, muitos professores não se sentem a vontade para ministrar temas que não fazem parte de sua formação. Por isso, nada melhor que chamar um especialista. Essa é a função do Quero na Escola, aproximar voluntários e a comunidade escolar.

Para você, professor e aluno, é super fácil pedir uma palestra sobre algum assunto: basta acessar o site http://queronaescola.com.br, se cadastrar e fazer seu pedido, tudo na plataforma online. A equipe do projeto sistematiza os pedidos e os encaminha para voluntários que podem se interessar pelo assunto e ministrar a aula ou palestra; aí é só aguardar a resposta.

Para o voluntário que queira participar, o processo é semelhante: basta se cadastrar no site e aguardar os pedidos da equipe ou então fazer uma busca no site – por cidade ou tema – e ver se algum assunto é de seu interesse.

Lembrando que tudo é gratuito e a plataforma online é muito amigável e fácil de entender, o que facilita todo o processo.

O projeto Quero na Escola já foi tema de várias notícias, inclusive na TV, e mostra o quão importante é aproximarmos comunidade e escola. Além disso, é a chance de voluntários levarem suas experiências e seu conhecimento para ser compartilhado nos espaços educacionais.

E então, gostou da dica de hoje? Aproveita para divulgar para seus alunos e seus colegas de profissão! E se você quer ser voluntário não se esqueça de se cadastrar. Vamos atender as necessidades dos nossos alunos e tornar a escola um espaço mais democrático e interessante!

Até a próxima!

Professora Nathália

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Para saber mais:

[1] Projeto Quero na Escola: http://queronaescola.com.br

[2] Fonte da imagem: http://www.erziehungskunst.de

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Coruja Bióloga recomenda: II Workshop de Divulgação e Comunicação Científica

Queridos professores, alunos e leitores!

Hoje o blog Coruja Bióloga traz uma novidade para todo mundo que gosta de ciência e se interessa por divulgar seu trabalho: o II Workshop de Divulgação e Comunicação Científica.

A primeira edição foi realizada em julho desse ano, na UnB – Brasília, e foi um sucesso! E agora nós temos o prazer de trazer esse evento para Piracicaba – SP. É a oportunidade que você tem de aprender mais sobre essa arte da comunicação científica, divulgando seu trabalho e sua pesquisa para a sociedade, de uma maneira fácil de ser entendida!

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Realizado em parceria com a Sociedade Americana para Microbiologia (ASM) e a ESALQ/USP, o evento contemplará os aspectos teóricos dessa área e também atividades práticas; tudo isso preparado com o maior empenho e dedicação por integrantes desse nosso projeto. Ah, e teremos a presença ilustre de convidados especiais, o primeiro que já confirmou presença é o Luciano Queiroz do Dragões de Garagem, um dos projetos de divulgação científica de maior sucesso no país.

E então, vamos participar e divulgar sua ciência?

Quando: 27 de setembro de 2017, das 8 as 17 hrs

Onde: ESALQ/USP, Piracicaba/SP

Valor da inscrição: R$10,00 (pago no dia do evento)

Vagas limitadas

Para saber mais sobre o evento acesse o site do Ciência Informativa e a página do evento no Facebook. O link para as inscrições será divulgado em breve, então fique atento!

Espero que vocês participem e compartilhem com seus amigos o nosso evento!

Até mais,

Professora Nathália

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Quem vive na poça de água? Uma alternativa virtual para os professores

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

No post da semana passada nós vimos como cultivar protozoários que vivem em uma poça d’água ou na água de um lago, por exemplo, tudo de maneira prática e fácil, porém ainda assim precisando de um microscópio óptico para observá-los. Então, será que podemos ter essa mesma aula se não tivermos esse equipamento na escola onde estamos? A resposta é sim! Quer saber como? Leia nosso post dessa semana!

Muitas vezes a escola onde trabalhamos tem acesso limitado ao laboratório e a equipamentos como microscópio óptico e vidrarias. Por isso, minha dica de hoje é visitar uma poça de água virtual – isso mesmo, VIRTUAL. O site Microscopy UK é repleto de recursos didáticos para tornar sua aula de microbiologia mais completa e atrativa. Nele você pode encontrar gratuitamente: imagens de microscopia de diversos organismos – desde bactérias e protistas até artrópodes, guias de microscopia – incluindo textos sobre a história da técnica, tipos de microscópio e o tema do nosso post de hoje: a poça de água virtual com seus microrganismos e outros pequenos seres presentes. (logo mais no Coruja Bióloga nós teremos um post sobre as funcionalidades desse site).

Para acessar a poça virtual basta ir nesse link. O professor só precisa de um computador ou celular com acesso à internet. Na página principal temos a imagem de um pote com água de uma poça com alguns dos pequeninos seres vivos que a habitam, como mostra a figura abaixo:

 

Essa ferramenta é uma introdução aos organismos que moram em uma poça de água. Para cada um dos organismos dentro do jarro há informações a seu respeito: nome popular, nome científico (gênero), classificação, tamanho, onde é encontrado, seu hábitos, alimentação, curiosidades, fotos e inclusive uma animação de como ele pode ser observado ao microscópio. Para acessar essas informções basta clicar na imagem do organismo e uma nova página se abrirá com todo esse conteúdo. A figura abaixo mostra essas informações:

Na poça de água virtual podemos ver os seguintes organismos: algas filamentosas, algas unicelulares, heliozoários, paramécios, dinoflagelados, rotíferos, copépodes, pulga d’água, diatomáceas, entre outros. O bom é que o professor poderá mostrar esse site aos alunos caso eles não consigam ver essas pequenas criaturas na amostra de água usada na aula prática. Apesar da página ser em inglês, a tradução não é difícil de ser feita. Tudo é gratuito e fácil de ser acessado, facilitando assim o preparo da atividade pelo professor.

Além disso, poder mostrar aos alunos uma poça de água virtual é uma forma de contornar problemas como a limitação técnica de equipamentos na escola, por exemplo. Mas, ainda se a escola tiver o microscópio disponível, o professor pode usar essa ferramenta como uma introdução antes da aula prática com os protozoários crescidos na água, como foi mostrado no post anterior.

Para avaliar a atividade, minha sugestão é que o aluno elabore um breve relatório sobre quais seres vivos ele achou mais interessante e qual sua importância ecológica.

Espero que você professor e seus alunos aproveitem essa ferramenta online!

Até a próxima,

Professora Nathália

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Vamos cultivar protozoários de uma poça de água?

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Na dica de hoje temos uma aula prática de microscopia com protozoários cultivados por você mesmo!

Esses pequeninos seres vivos que vivem em diversos ambientes, desde poças de água até grandes lagos, despertam muito o interesse dos alunos. Apesar de sua classificação ser diferente dependendo do autor que estudamos (por exemplo, para Whittaker os protozoários estão no Reino Protista e para Margulis estão no Reino Protoctista), os protozoários são caracterizados por serem eucariontes, unicelulares, heterótrofos e por terem estruturas distintas de locomoção; apenas os protozoários do grupo Apicomplexa não possuem estrutura própria de locomoção, todos os outros podem ter flagelos, cílios ou pseudópodes para se movimentarem e se alimentarem. Classificamos, didaticamente, os protozoários nos grupos flagelados, ciliados, apicomplexos e amebozoários.

Bom, mas e como podemos visualizar esses seres microscópicos como as amebas e os paramécios?

Imagem relacionada

Exemplo de paramécio, que podemos observar na microscopia óptica. Fonte: http://zsnadpe.edupage.sk/text/?text=teachers/34219&subpage=2

Temos que cultivá-los, como microrganismos em um meio de cultura, para que assim se proliferem e se tornem mais fáceis de serem observados. Existem inúmeras “receitas” de como fazer isso, mas a que eu sei que funciona (e já testei várias vezes nas minhas aulas) é a seguinte:

– colete água de um lago (de preferência que tenha alguns patos e gansos por perto) ou de uma poça de água, de preferência de um lugar mais calmo, sem muita correnteza. A quantidade varia, mas você pode coletar 2 copos de água ou 1 garrafinha de 500 mL.

– reserve essa água em uma garrafa ou pote (que você possa descartar depois) à temperatura ambiente;

– adicione à água algumas folhas de alface – isso mesmo, alface! – picadas;

– coloque um papel-filme com alguns furos por cima do pote ou deixe a garrafa um pouco aberta, para entrar ar;

– deixe o pote/garrafa longe da luz solar, assim as algas não irão se proliferar em excesso;

– espere por aproximadamente 5 dias até que possa ver o líquido ficando mais turvo, o que significa que os protozoários e outros microrganismos estão se multiplicando.

Você provavelmente sentirá um cheiro um pouco desagradável proveniente do líquido, mas não se assuste, é assim mesmo, afinal temos matéria orgânica ali na água. Depois você poderá fazer uma lâmina desse líquido e observar todos que habitam ali em um microscópio óptico. Os paramécios são bem móveis e rápidos. Você pode vê-los nesse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=cGOmvWv5jyk

As amebas também são protozoários muito importantes e que possuem pseudópodes para se movimentar e se alimentar. Você pode vê-las aqui nesse vídeo, inclusive se alimentando de um paramécio:https://www.youtube.com/watch?v=2IOWIZITDYk

É claro que nessa amostra de água você provavelmente verá inúmeros outros protozoários, bactérias, microalgas e até pequenos artrópodes, o importante é que você professor consiga identificar alguns dos mais importantes para os alunos. Nesse site aqui você tem um guia básico e ilustrado de como identificar alguns dos principais habitantes do que você cultivou, inclusive os protozoários.

Ainda assim, essa aula é muito proveitosa pois os alunos se impressionam com a quantidade e variedade de seres vivos que vivem “escondidos”.

Cabe ao professor também salientar a importância desse organismos nas cadeias alimentares nas quais eles estão inseridos. Os paramécios, por exemplos, são vorazes predadores e servem de alimento para outros protozoários, como as amebas.

No final da aula o professor poderá pedir um relatório aos alunos, pedindo que desenhem e identifiquem o que viram na microscopia.

Espero que você professor faça esse experimento!

Qualquer dúvida, entre em contato!

Abraços,

Professora Nathália

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Aqui tem Mata: descobrindo a mata da sua cidade

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Todos sabemos que, infelizmente, a Mata Atlântica, um dos principais biomas brasileiros, está hoje reduzida a alguns poucos fragmentos florestais. O que antes era uma formação que se estendia do litoral até algumas áreas interioranas em 17 estados brasileiros, hoje perfaz apenas 12,5% do tamanho original. Segundo informações do site do SOS Mata Atlântica, cerca de 72% da população brasileira vivem na Mata Atlântica, o que significa mais de 145 milhões de habitantes.

Apesar de restar pouco do que era a sua imensidão original, a Mata Atlântica é ainda muito importante. Além de ser considerada uma área riquíssima em biodiversidade e espécies endêmicas, a Mata Atlântica ajuda na regulação do clima, na proteção do solo, na purificação do ar e também permite atividades econômicas que levam sustento a muitas famílias.

Só com esse pouco de informação podemos ver o quanto a Mata Atlântica é importante para nosso país em vários aspectos: econômicos, sociais e ecológicos. Mas será que aí onde você vive tem Mata Atlântica? Essa é a proposta do post de hoje, que os seus alunos explorem através de um site os remanescentes florestais que existem na sua cidade!

O site é o “Aqui tem Mata“, desenvolvido por meio de parcerias e com base em informações atualizadas pelo SOS Mata Atlântica. Ao acessar o site basta você digitar o nome de sua cidade de interesse (importante que ela faça parte da lista disponível) e fazer a busca. Pronto! Em pouco tempo e sem complicação você terá acesso a quanto de Mata Atlântica resta na sua cidade. Para cada fragmento florestal de seu município o site ainda dá informações como tamanho, tipo de vegetação (mangue, restinga, várzeas, etc), a bacia hidrográfica a qual pertence, qual a % de floresta restante comparando-se à original, etc. Veja na imagem abaixo como o site mostra os resultados:

Essa ferramenta pode ser explorada por professores de várias disciplinas como biologia, geografia, história e ciências. Podemos pedir para os alunos que, por exemplo, busquem informações adicionais sobre os fragmentos que acharam pelo site: bairro onde fica, atividades econômicas próximas, situação de preservação, etc. A profundidade do conteúdo e as formas de avaliação podem ser mudadas, pois esse tema é muito abrangente.

Tudo é gratuito, em português e a única coisa que você precisa é de um computador com acesso a internet. E você, professor, também tem acesso a uma cartilha didática com informações extras sobre como explorar essa ferramenta com seus alunos. A finalidade do site é que nossos alunos entendam a importância e fragilidade desse bioma, o que ressalta que precisamos conservá-lo. E vale lembrar que para isso precisamos conhecê-lo, é claro!

Abraços,

Professora Nathália

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Para saber mais

[1] A Mata Atlântica. SOS Mata Atlântica. (sem data). Acessado de https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/ em junho de 2017

[2] Cartilha convida professores e alunos a conhecerem a Mata Atlântica. SOS Mata Atlântica. Acessado de https://www.sosma.org.br/105859/cartilha-convida-professores-e-alunos-conhecerem-mata-atlantica/ em junho de 2017

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(Re)Começando bem o semestre: volta às aulas

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Os posts voltaram ao blog Coruja Bióloga! 

As férias terminaram e a volta às aulas chegou! Tem estudante que fica feliz, que fica estressado, que gosta, que fica ansioso…enfim, muitos sentimentos que retornam com o início do semestre. Se para os alunos é um misto de sensações, para os professores também é tempo de reflexão: preparo de planos de aulas, pensar no conteúdo programático, melhorar e resignificar nossa prática docente.

Pensando nisso, preparei algumas dicas para começarmos bem o semestre:

– Reflita sobre as coisas boas e coisas ruins que ocorreram no semestre passado: atividades que tiveram bom rendimento, modelos de aulas que funcionaram, jogos que foram bem aceitos e também assuntos que você abordaria de outra maneira, que os alunos tiveram mais dificuldade, tarefas que não tiveram sucesso; toda essa bagagem serve para você resignificar sua aula e sua prática docente para as próximas que virão; lembre-se ensinar é um eterno refletir.

– Prepare uma lista com o conteúdo programático previsto que você irá abordar: essa é uma maneira de mostrar aos alunos qual será a matéria que eles aprenderão, diminuindo assim a ansiedade e saciando a curiosidade também.

– Marque também quais serão as datas importantes: provas, trabalhos, aulas práticas, excursões; isso ajuda os alunos a criarem o hábito de se planejarem para os seus estudos, cumprindo suas responsabilidades, e também evita a famosa “correria”.

Deixe claro aos alunos que tanto o conteúdo quanto as datas são previstas, pois podem sofrer alterações principalmente de acordo com o andamento da turma.

– Deixe claro para a turma quais serão os instrumentos de avaliação, ou seja, como eles serão avaliados seja por provas, questionários, participação em aula, etc.

– Prepare uma breve revisão sobre o que foi visto anteriormente, de preferência de maneira que você consiga interligar o conteúdo dado com o conteúdo novo que será passado, assim os alunos terão mais facilidade em assimilar a nova matéria.

– Na primeira aula, caso haja possibilidade e tempo hábil, prepare um jogo, uma dinâmica ou um vídeo para trabalhar com os alunos; assim, a aula fica mais descontraída, mas ainda tem o caráter educativo.

– Busque as opiniões de seus alunos sobre o que eles gostaram e não gostaram durante as aulas; depois, você poderá usar essas informações para melhorar seu trabalho também.

Estas são dicas que eu mesma, como professora, adoto durante a volta de todo período letivo; assim me planejo melhor, deixo as aulas mais organizadas e os alunos mais informados sobre como será o andamento do semestre. Um bom começo é primordial para que as coisas dêem certo!

E você, tem alguma dica para o começo das aulas? Deixe seu comentário aqui na página!

Bom início a todos!

Abraços,

Professora Nathália

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