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[Jogo] Animais no cinema X na natureza

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Todos os professores sabem o quanto os alunos adoram uma aula diferente; pode ser uma aula prática, uma excursão ou um jogo; neste contexto a dica de hoje no Coruja Bióloga é um jogo de cartas: quem são os animais dos filmes e desenhos na vida real? Vamos conferir?

Os animais são seres vivos pluricelulares, eucariontes e heterótrofos, ou seja, que não conseguem produzir seu próprio alimento. Cada espécie de animal possui características específicas que permitem identificá-lo e diferenciá-lo dos outros animais. Porém, será que aqueles personagens animais que vemos nos filmes e animações são realmente da forma como são apresentados? Será que na natureza eles são diferentes? Para responder a essa pergunta eu desenvolvi um jogo, simples, porém muito educativo, com 26 cartas que mostram 13 personagens famosos e seus respectivos pares na vida real. Veja abaixo:

O jogo funciona da seguinte forma: o aluno escolhe ou sorteia uma carta com um personagem e tenta encontrar seu par, ou seja, o animal que esse personagem é na vida real. Por exemplo, ao tirar a carta do personagem Bob Esponja, o aluno precisa indicar a carta que mostra a esponja marinha.

Depois, o professor pode comentar ou pedir para que o aluno comente sobre as diferenças e semelhanças entre o personagem e o animal na vida real. No caso do exemplo anterior, o Bob Esponja, podemos falar que o animal marinho real não possui olhos, boca, pernas e braços; as esponjas são os animais mais simples que existem, sendo um aglomerado assimétrico de células que filtram a água do mar para obter alimento. Neste caso estamos reforçando conteúdos teóricos (características de cada grupo do Reino Animallia) através de um jogo.

É interessante o professor reforçar também que muitas vezes os personagens apresentam características bem humanas, como a fala, o riso, os olhos com cílios, boca, orelhas com brincos, etc; essa atribuição de características humanas para seres inanimados e animais é chamada antropomorfização (antro: homem; morfia=forma) e é muito usada em desenhos e filmes como uma licença poética, não necessariamente representando o que é real.

E como fazer esse jogo? Bom, neste link eu disponibilizo as fichas já prontas dos 13 personagens. As fichas medem 7 cm X 7 cm e podem ser impressas em papel comum, depois encapadas com papel contact para que durem por mais tempo para você utilizar por mais vezes. Também disponibilizo no mesmo link uma página com as regras do jogo para serem impressas.

Personagens do jogo: Bob Esponja (esponja marinha), Gary (caramujo aquático), Lula Molusco (lula), Patrick (estrela-do-mar) e Seu Siriguejo (siri) do desenho Bob Esponja Calça Quadrada; Flick (formiga) do desenho Vida de Inseto; Nemo (peixe-palhaço) e Dory (Paracanthurus hepatus) do filme Procurando Nemo e Procurando Dory; Sid (preguiça-gigante, já extinta) e Scrat (esquilo) do filme Era do Gelo; Rango (camaleão) do filme Rango; Blu (ararinha-azul) do filme Rio; príncipe sapo do filme A princesa e o sapo;

Esse jogo pode ser trabalhado na disciplina de ciência ou biologia, nos conteúdos Reino Animal, diversidade animal, etc, em várias séries. Espero que vocês gostem e façam esse jogo com seus alunos também.

Até a próxima,

Professora Nathália

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[Vamos plantar feijão] – Parte 2 – Observando o fototropismo

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Na semana passada nossa dica foi como construir um experimento que mostra como a água é importante para a germinação e o crescimento das plantas; no caso, usamos sementes de feijão, que são baratas, fáceis de se conseguir e crescem rapidamente, permitindo ter resultados em poucas semanas.

Vimos que as sementes do vaso regado por 2X na semana cresceram muito mais que aquelas do vaso regadas por 1X na semana; isso mostra o quanto a disponibilidade de água é um fator importante para que as plantas se desenvolvam.

Porém, usando o mesmo experimento – que você pode conferir novamente neste link – podemos estudar também o tropismo vegetal, um assunto que é mais destacado no ensino médio e é cobrado frequentemente nos vestibulares. Vamos conferir?

Primeiramente vale relembrar que o tropismo é um movimento vegetal em curva em resposta à um estímulo, que pode ser a gravidade, a luz do Sol, etc.

No fototropismo (foto=luz, tropismo=movimento) o caule das plantas cresce em direção a luz do Sol, portanto, podemos dizer que o caule tem fototropismo positivo. Já as raízes crescem na direção contrária, por isso dizemos que ela apresentam fototropismo negativo. Veja a figuras abaixo, que mostram o experimento que detalhamos na semana passada e observe o fototropismo positivo do caule:

Crescendo em direção ao Sol, as folhas que estão no caule conseguem absorver luz solar que é essencial à fotossíntese, processo pelo qual as plantas produzem glicose (energia) para viverem.

Professor, você poderá entrar nos detalhes dos hormônios vegetais que regulam esse crescimento (auxinas, por exemplo), mas somente se o conteúdo permitir, visto que para algumas séries esse conteúdo é muito aprofundado. 

Outro tipo de movimento é o geotropismo (geo=gravidade, terra; tropismo=movimento), em resposta à força da gravidade. O caule tem geotropismo negativo, sempre crescendo para cima, na direção oposta da força de gravidade. Já a raiz tem geotropismo positivo, crescendo sempre para cima, na direção na força da gravidade. Veja a imagem abaixo que exemplifica esse caso:

Novamente, caso seja necessário, o professor poderá comentar sobre os hormônios relacionado ao geotropismo.

As aulas de botânica, principalmente fisiologia vegetal costumam ser bem difíceis e complicadas para os alunos entenderem, mas com um experimento simples como esse podemos explicar conceitos na prática, aproveitando para dar uma aula mais descontraída.

Se você quer saber como fizemos esse experimento, reveja nossa matéria da semana passada.

Espero que vocês gostem e façam essa aula com suas turmas!

Até a próxima

Professora Nathália

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