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Aula prática: plasmólise nas células de cebola

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje a dica de aula prática é fazer e observar plasmólise em células vegetais. Citologia não é uma matéria muito fácil para os alunos, afinal, são muitos nomes e termos difíceis, detalhes do funcionamento da célula, vários tipos de organelas e seres vivos…enfim, muitas coisas que podem se misturar e se complicar na cabeça dos alunos.

Pensando nisso, hoje trago a dica de uma aula prática mostrando plasmólise em célula vegetal. A plasmólise ocorre quando a célula vegetal está em meio hipertônico (super concentrado em sal ou açúcar, por exemplo), sendo vista como uma retração do citoplasma, uma diminuição do volume celular devido ao transporte do tipo osmose (passagem de solvente por uma membrana semipermeável do meio menos concentrado para o meio mais concentrado). Como a parede vegetal é uma estrutura relativamente rígida – formada por celulose, por exemplo – ela permanece intacta.

E como observar isso na prática? Vamos anotar os materiais:

  • 1 cebola roxa (que tem um pigmento natural roxo, a antocianina, que favorece a observação);
  • 1 pinça de ponta fina;
  • lâmina;
  • lamínula;
  • 2 colheres de sopa de sal;
  • 25 mL de água;
  • recipiente para preparar a solução hipertônica;
  • microscópio óptico;
  • conta-gotas ou pipeta plástica.

E agora, vamos aos passos para você passar para seus alunos:

  • Descasque a cebola e com a pinça pegue um pequeno pedaço da “pele” da cebola, de preferência que esteja roxa;
  • Coloque essa amostra na lâmina e pingue 1 gota de água da torneira. Coloque a lamínula por cima da amostra e leve ao microscópio óptico;
  • Observe até a objetiva de 40X. Faça anotações do que você consegue observar (citoplasma, núcleo, membrana, parede celular);
  • Prepare a solução hipertônica misturando 2 colheres de sopa de sal com aproximadamente 25 mL de água. Misture bem. Você vai perceber que a solução ficará bem concentrada e poderá ficar saturada de sal. Reserve;
  • Retire a lâmina com a amostra do microscópio. Retire a lamínula, com cuidado, e pingue 1 gota da solução hipertônica preparada no passo anterior na amostra. Aguarde 2 minutos;
  • Coloque a lamínula novamente e leve ao microscópio para observação. Agora, anote o que você consegue ver após a plasmólise da célula vegetal;
  • Por fim, compare os resultados seus com as observações dos seus colegas.

Observe abaixo fotos das células vegetais plasmolisadas. Veja a retração do citoplasma, facilmente observada por causa do pigmento natural roxo da cebola.

Essa aula prática é muito fácil de ser feita, bem barata e super didática. Costumo realizar essa prática com os alunos do EM e do EFII, após as aulas de citologia e de tipos de células.

Espero que vocês façam com seus alunos!

Até a próxima,

Professora Nathália

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Filme – A Condenação – Como o sequenciamento de DNA pode salvar inocentes

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Nem sempre é fácil mostrar aos alunos como conteúdos que vemos em sala de aula, como genética, podem ser facilmente aplicados no nosso cotidiano. Pensando nisso, hoje mostro como a genética e todas as técnicas e exames relacionados podem ser usados para solucionar crimes e inocentar/incriminar pessoas.

Para isso, a dica que trago é a do filme “A condenação”, lançado em 2011, (disponível completo no Youtube), que mostra, baseado numa incrível história real, um pouco sobre um projeto que usa sequenciamento de DNA para inocentar prisioneiros condenados injustamente.

Vamos conferir um pouco sobre a história?

O filme conta como Betty Anne Waters se torna advogada para poder defender e provar que seu irmão, Kenny Waters, é inocente no caso de assassinato de Katharina Brow, cruelmente morta em seu trailer no ano de 1980. Betty sempre soube da inocência do seu irmão, porém, devido às provas confusas, testemunhas compradas e policiais corruptos, Kenny foi condenado.

Ao estudar para se tornar advogada, Betty descobriu o Projeto Inocência, que usa o sequenciamento de DNA de amostras de sangue, urina e outros fluídos para inocentar pessoas condenadas injustamente. Betty fica sabendo de casos de prisioneiros inocentados e entra em contato com pessoas do Projeto Inocência para tentar ajudar seu irmão. O grande problema é que mais de 15 anos tinham se passado e, muito provavelmente, as provas – incluindo sangue da vítima e do criminoso – haviam sido destruídas.

A partir daí, Betty parte em buscas de provas para realizar o sequenciamento do DNA do criminoso, encontrado na cena do crime, e comparar com o DNA de seu irmão. Comparando-se as amostras é possível verificar se ambas pertencem ou não a mesma pessoa, já que apenas gêmeos idênticos possuem o mesmo DNA.

O Projeto Inocência foi criado em 1992 e se utiliza de exames genéticos de DNA para inocentar pessoas. Estima-se, segundo o site do projeto, que até 5% dos presos nos EUA sejam inocentes e foram condenados de maneira errônea devido à falta de provas.

Como era esperado por Betty, em 2001, Kenny foi inocentado graças ao sequenciamento de DNA. O verdadeiro assassino de Katharina nunca foi encontrado. Após 18 anos preso, Kenny foi finalmente solto.

Betty Anne e seu irmão Kenny

Imagem relacionada

Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema/geral/a-condenacao-betty-anne-waters-a-guerreira/

Pôster oficial do filme

Imagem relacionada

 

De acordo com o próprio filme, Betty Anne ainda trabalha com o Projeto Inocência, ajudando outras famílias que tem casos semelhantes aos dela. O projeto Inocência ajudou a inocentar 254 pessoas, inclusive pessoas que estavam condenadas à morte.

Não vou comentar mais detalhes sobre o filme, pois ele vale ser assistido! Mas e o que você, professor, pode pedir aos alunos como atividade? Eu coloco abaixo algumas das questões que você pode trabalhar, que inclusive eu passo aos meus alunos:

  1. Como Kenny Waters foi condenado pela primeira vez? Quais provas foram usadas?
  2. De acordo com as bases genéticas e biológicas da individualidade, essas provas são suficientes para se condenar/inocentar uma pessoa?
  3. O que é o Projeto Inocência?
  4. Quais tipos de materiais/amostras podem ser usados para se fazer sequenciamento de DNA?
  5. Quais provas Betty Anne usou para coletar amostras do DNA do criminoso?
  6. Você acredita que muitas pessoas poderiam ser inocentadas ou incriminadas por esses testes?

É claro, que você, professor, poderá mudar um pouco essas questões e inclusive adaptá-las de acordo com sua turma. Eu costumo trabalhar esse filme após o conteúdo de genética/tipos sanguíneos/PCR no ensino médio.

Espero que você também trabalhe esse filme com sua sala!

Até a próxima,

Professora Nathália

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Para saber mais:

https://en.wikipedia.org/wiki/Innocence_Project

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Tabela periódica online: exemplos e aplicações dos elementos químicos

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje aqui no blog trago uma dica de um site bem interessante que traz várias informações sobre a tabela periódica dos elementos químicos. É um site muito útil para as aulas de ciências e química. Vamos conferir?

Encontrar uma tabela periódica na internet pode parecer tarefa fácil perante ao mundo de informações que temos acesso, porém as vezes encontramos tabelas em baixa resolução, apenas em inglês, em espanhol, sem número de massa, desatualizadas, etc. Por isso, quando estava preparando aulas neste semestre, encontrei o site https://www.tabelaperiodica.org/, que reúne muitas informações interessantes sobre os elementos químicos, de maneira fácil de ser compreendida.

Assim que você entra no site, você encontra a tabela periódica comum, mas clicando nos elementos químicos, você será redirecionado para uma página na qual você terá acesso a inúmeras informações sobre esse elementos: número atômico, massa, ponto de fusão, ponto de ebulição, vídeo sobre o elemento químico, imagens e notícias.

Página inicial do site

Exemplo da página sobre o magnésio

No mesmo site, nas abas superiores você poderá:

  • imprimir tabelas periódicas em diversas resoluções e formatos;
  • Fotos e imagens: acessar vídeos, figuras e imagens sobre os mais diversos elementos químicos e suas aplicações no cotidiano e características, como cor, estado físico, curiosidades.
  • História da tabela periódica: acessar vídeos e textos contando um pouco sobre a história da descoberta dos elementos químicos e de sua organização numa tabela periódica.

Para mim, a tabela mais legal do site é a que reúne informações como nome, número atômicos, massa e curiosidades e aplicações de todos os elementos químicos! É uma tabela muito bonita visualmente e ajuda os alunos a fixarem seus conhecimentos. É um bom material para você, professor, imprimir e colar – se for possível – na sua sala de aula. Veja abaixo essa tabela:

Esse site é muito bom para explorar inúmeros recursos sobre os elementos químicos e a tabela periódica, tudo em português. Todos os materiais são gratuitos, fáceis de serem utilizados e atualizados. É excelente para você, professor, usar para preparar suas aulas e para apresentar aos seus alunos.

Espero que aproveitem!

Até a próxima

Professora Nathália

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Infográfico para completar – Os 5 Reinos

Olá, queridos professores, alunos e leitores!

Hoje a dica que eu trago é um esquema/infográfico para os alunos completarem com informações sobre os 5 Reinos. Vamos conferir?

Como eu já comentei na semana passada, classificação não é um conteúdo muito fácil para os alunos entenderem. São muitos nomes, é preciso entender a lógica por trás dos sistemas e, muitas vezes, os livros trazem isso apenas de maneira teórica.

Por isso, a dica da semana passada foi justamente uma aula prática sobre os 5 Reinos, trazendo alguns espécimes para o laboratório. Hoje eu deixo aqui no post, um esquema, na forma de um infográfico, sobre os 5 Reinos.

A ideia é que os alunos consigam completar o esquema com base na aula prática, como a proposta no post anterior, ou até mesmo com informações da aula teórica.

Você pode inclusive mudar um pouco o método de aula e deixar os alunos pesquisarem em livros e na internet as informações que precisam ser completadas no esquema, exercitando assim a habilidade de pesquisa e seleção de informações.

Peça para que os alunos caprichem nos desenhos dos exemplos (que deverão ficar nos círculos) e façam letras bem legíveis descrevendo as características principais (quanto à tipo de célula, organização celular e nutrição), que deverão ficar nos retângulos. Se puder, faça uma exposição dos mini-cartazes na sala.

A linha tracejada vista no infográfico mostra a divisão entre o Reino dos procariontes e dos eucariontes. Lembrando que os vírus, por não possuírem células, não estão nesta classificação.

Espero que vocês aproveitem a dica!

Até a próxima,

Professora Nathália

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